segunda-feira, 11 de julho de 2011

perder tempo perder dinheiro

Essa semana me disseram que eu estava perdendo tempo e dinheiro por ter optado por estudar de maneira redundante os fragmentos do passado que a humanidade foi capaz de juntar sobre si mesma ao longo do tempo, não creio que seja isso de fato. Talvez o fosse se eu não pensasse no que vejo, talvez... se nessa mesma semana eu não tivesse descoberto que penso e que tenho uma opinião a cerca do que estudo; não posso me controlar contra o impulso de dizer que naquela tarde me senti a pessoa mais feliz com isso, por mais estranho que pareça, eu reparei, ao longo de todo esse tempo, que a sensatez de uma lógica muito evidente acaba por levar as pessoas a fazer ou dizer exatamente o contrário do que querem; porque para se referir e lógica, de fato, a pessoa que me disse isso deveria ter reparado que eu optei exatamente pela maior variação teórica possível, o que é ao menos mais produtivo do que repetir inúmeras vezes os mesmos "chavões" teóricos e deixar-me ultrapassar com eles mergulhada na ilusão de que serão eternos e que, na sua pretensa eternidade, aplicáveis a tudo de maneira indiscriminada. Ora, se eu tomo conhecimento de muitas vertentes e tento me aprofundar nelas com a idéia permanente de que com o tempo e a atenção necessários poderei compreendê-las melhor, então evidentemente tentarei dar o máximo de mim nisso. Se eu me propor a meditar sobre elas e os modos pelos quais são transmitidas, não creio estar jogando fora o meu tempo. Só acredito ter optado por tentar não negar o passado em nome de algo "sempre novo", como se ele "sempre" estivesse ali, esperando que alguem o resgatasse.
Minhas mãos não estão atadas a nada além do que o que eu quero e sinto.
E não faço disso o objeto de perda dos meus poucos dias.
Pelo contrário, assim eu os ganho, assim eu me sinto bem.
Ao contrário de perder meu tempo argumentando com quem não quer tentar o mesmo, eu prefiro conversar com quem optou por pensar também.
Porque pensar é muito mais do que apenas ouvir/ler/ver/tocar/interagir e não se dar o trabalho de querer saber o quer fazer além do superficial ouvir/ler/ver/tocar/interagir.
Não pretendo perder minha vida ou investir em coisas meramente superficiais.
Isto seria perder tempo e dinheiro.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sobre Mudanças...{uma coisa chata pra ler}

Mas se eu fosse uma cópia de tudo e de todos...
e se eu fosse tudo o que não sou?
As vezes fico pensando e pensando no que colocar aqui, mas minhas reflexões não são lá muita coisa além do que me faz bem ou mal de maneira imediata.
Todos nós fazemos isso, de alguma maneira.
Por um tempo fiquei muito mal quando reparei nisso, mas logo em seguida notei que é somente isso o que todas as pessoas fazem porque é só isso o que podem fazer, e a diferença entre os que usam a criatividade (da maneira que eu tento aproveitar a minha quase inexistente)e os que não consideram usá-la ou não o sabem, é a maneira pela qual a chamam, o jeito que dão pra pensar em sí mesmos (porque a maior prova de que criatividade existe é a própria forma de ser de cada um, que é afetada pelos pensamentos gerados pela necessidade de atender aos estímulos do meio que nos cerca, de forma imediata).
Não tento, desse modo, generalizar a todos ou me normatizar, mas o que eu quero dizer é que eu aprendi, com isso, que eu mesma mudei e não tinha percebido e que acreditava estar em crise a alguns anos sem perceber que eu mesma tinha mudado e que isso não representa uma extinção da minha própria maneira de expressar (e este blog faz parte dela - é o que alimenta a ilusão de que alguém verá o que eu fui, ao menos por acaso, algum dia).
Aqui estou eu, fazendo o que prometi a mim mesma não fazer nunca (que é fazer deste blog um "diário"), mas escrevo isso depois de muito tempo e de muito debater comigo mesma e quase cair na inércia de acreditar que eu sou o que eu compro e repito incansávelmente ser, como se isso bastasse a mim, pela negligencia com que tenho tratado a mim mesma.
Acho que estou escrevendo sem segurança (não para fazer disso um diário, mas) para afirmar que mudei de fato e que devo viver estas mudanças, e aprender a acompanhar a mim mesma.
Enfim, acho que isso quer dizer que as postagens que já não eram de uma completude estilística (poeticamente falando)vão mudar, mais uma vez de tom.
Mas adianto que serão falas de incompletas, de uma pessoa incompleta, e que serão (como foram as postagens até agora) trechos da minha vida, mesmo que não estejam em forma de diário (porque eu realmente não gosto muito de diários).
É isto.

O que eu sou

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