Um conto III
"Era final de outubro, aos poucos o tempo ia ficando mais ameno,estva na praça que eu mesma nomeara;"praça do lixo" , por ser o local mais afastado e abandonado de Neverland- longe da sofisticação e suntuosidade do resto da cidade, era onde ninguem nunca ia,nem no dia de finados, quando as pessoas davam a volta no cemiterio para entrar pelo outro portão sem ter de atravessar aquela paisagem macabra,do abandono.
Eu ao contrario dos vinte mil habitantes da cidade, gostava de lá, era um lugar calmo onde o sol quase nunca tocava o chão por conta das arvores muito altas de troncos grossos e enegrecidos pelo tempo. Deslocadas. Assim como eu tambem me sentia- perdida em alguma parte da historia que a humanidade esquecera de contar a seus filhos...mas nada disso fazia diferença.
Estava lendo,"Os sofrimntos do jovem Werther", naquela noite, quando decidi parar um pouco, respirei fndo e fechei os olhos, senti o vento suave no rosto, isso era prazeroso se comparado ao que eu sentia durante o dia enquanto tentava não ouvir todas as irritantes vozes da minha vida, cheias de sentimentos odiosos,fingindo sempre compaixão e decisão, tão cegas...tão miseráveis...
Enquanto ouvia o farfalhar das folhas sob a brisa da noite, abri novamente os olhos.Foi quando a luz ,do antigo lampião sob o qual eu estava sentada, oscilou;foi quando o vi pela primeira vez, agachado diante de mim um garoto vestido de verde e preto- as roupas pareciam maiores que ele-, o cabelo desarrumado na altura dos ombros, uma mecha caindo por cima de um dos olhos verdes que me encararam por algum tempo.
Senti medo e curiosidade ao mesmo tempo,tive vontade de correr dali, mas ele estava tão proximo e era tão... magnético.Nem sequer pisquei.
Ele estendeu sua mão e tocou o meu rosto,estava muito fria, mas eu não consegui falar nada.
-Saphire...-disse calmamente- Seus olhos sõ como os meus...tão tristes.- sua voz era indescritível,senti-me tão bem porem tão inferior.
Reuni forças para falar (minha voz saiu quase um sussuro);
-Você vem de lá?-olhei na direção do velho cemitério, ele tamnem o fez.
-Pode ser-disse ele-não me cabe a exatidão dessa resposta.
-Ent--
-Psiu-ele me fez cilenciar.
Ofereceu-sua mão e se levantou, devia ter a minha altura mas ao me levantar senti-me pequena.
(CONTINUA DEPOIS) DESCULPEM OS ERROS
continuação...
.Fechou meus olhos e abraçou-me.
-Ah.-suspirou-por que deveras triste é a vida,tão complicada a fazem os humanos. São carrascos deles mesmos...
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Abri os olhos e estava claro, o dia havia raiado."Ondes estou?"
pensei, sentei-me e olhei a minha volta, estava numa cama enorme num quarto circular com janelas grandes das quais emanava luz do sol; botei a mão na cabeça e senti meus cabelos curtos, desesperada levantei e corri ate o primeiro espelho que vi.
Aquele reflexo não era o meu-definitivamente-,era o do garoto. Um turbilhão de questinamentos invadiu minha mente.
Ergui a mão, o reflexo no espelho tambem o fez;toquei meu rosto, a mesma coisa.Antes que pudesse me assustar mais ainda uma dor forte penetrou minha cabeça como uma agulha gigante,apoiei-me no spelho e no momento seguinte uma enxurrada de lembranças dele invadiu a minha mente, no mesmo instante alguem bateu a porta.
-Já vou.-eu disse,nauseada e assustada com a "voz nova".
-Troque de roupa e desça para tomar café.-disse a mesma voz feminina que me chamara.
-Sim.-respondi.
A dor logo passou junto com a sensação ruim, mas algo péssimo estava para acontecer, no fundo eu tinha certeza.
Fui ao banheiro,tomar um banho e a estranhesa das sensações de um corpo masculino logo se revelou, logo depois de escovar os dentes fui trocar de roupa,foi a primeira vez que senti algo "dele", percebi que ele sentia um enorme despreso pela vida que levava.
Depois de limpa e arrumada tentei achar a cozinha da mansão onde estava,até que alguem chamou o nome dele,
-Sr. Edward.-foi o que ouvi, ao me virar deparei-me com uma camareira muito bem vestida e sorridente. -Já estava terminando de servir a mesa senhor.Queira me acompanhar.-disse ela, na mesma voz que me chamara no quarto.
Eu a segui por onde ela ia até a minha visão se expandir para um enorme salão de jantar onde uma mesa igualmente enorme estava sendo servida pela camareira num unico lugar.
(termino depois o tempo acabou^^)
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sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Um poema meu:
Hoje eu quero cortejar a morte
A beleza divina e a inercia decadente do ser homano
O sangue vermelho escoando pra fora do corpo
Os olhos vidrados como espelhos no escuro
A pele fraca a desfazer-se aos poucos
Cabelos e unhas crescendo numa ultma tentativa de vida
Em vão
Logo os vermes são atraidos pelo fino odor
Da carne podre
Antes tão valorizada,tão protegida
Agora degradada por seres inferiores...
O que é a superioridade humana
Se não nada diante da morte.
Parece que consegui...
É,
Taí pra quem achava que eu não ia conseguir fazer um blog, eu sou capaz tá!
Agora nem sei o que postar. . .
Taí pra quem achava que eu não ia conseguir fazer um blog, eu sou capaz tá!
Agora nem sei o que postar. . .
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